Com o objetivo de garantir à população indígena as condições sanitárias e os protocolos de saúde necessários à segurança desta população que durante o verão migra para o litoral catarinense em busca de comercialização dos seus artesanatos, gestores da área de Assistência Social propõem o estabelecimento de algumas diretrizes.
Em reunião nesta segunda-feira, dia 19, solicitada pelas Associações de Municípios de Santa Catarina e que contou com a participação da Secretaria de estado do Desenvolvimento Social e da Funai, o fluxo migratório da população indígena foi amplamente debatido. Este deslocamento dos indígenas se dá todos os anos. No entanto, agora, a preocupação dos gestores é maior em razão da pandemia.
A assessora em Assistência Social da GRANFPOLIS, Vânia Guareski Souto, participou dos debates que contaram, também, com representantes dos municípios de Florianópolis, Garopaba, Palhoça e Major Gercino. A assistente social Vânia ressaltou que “não se trata de impedir que os indígenas se desloquem para o litoral, e sim de pensar alternativas para que não se exponham ao risco de contaminação.”
A secretária de Assistência Social de Florianópolis, Maria Cláudia Goulart da Silva, defendeu que “é possível pensar em alternativas que os auxiliem a ter condições de sobrevivência na aldeia, evitando deslocamentos em meio a pandemia e cobrou apoio da FUNAI e do Estado no processo, não sendo possível que toda a responsabilidade recaia mais uma vez unicamente sobre os municípios”.
Entre os encaminhamentos da reunião ficou estabelecida a inserção da saúde no grupo para tratar de diretrizes sanitárias e da união de todos os atores com vistas às ações viáveis e seguras para a população indígena e toda a comunidade.