Quando a mulher recebe o diagnóstico de câncer de mama ela e toda a sua família passam a enfrentar momentos de tensão e sofrimento. Mesmo que as estatísticas apontem para mais de 90% de cura quando o diagnóstico é feito precocemente, o medo e o preconceito devem ser considerados.
A professora do curso de psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Ana Lopes, diz que o apoio para a mulher diagnosticada com câncer deve ser oferecido desde o início pelos médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais que acompanham essa descoberta. “É necessário que todos os envolvidos deem apoio psicológico ao paciente, tirando dúvidas, explicando passo a passo da doença, entre outras ajudas”, orienta.
Ana diz ainda que depois de receber apoio dos profissionais é o momento da família ou rede de convívio começar a entender qual tipo de câncer essa mulher tem e como será o processo de cura, para que todos consigam dar apoio necessário e ajudar no processo de reorganização da vida.
Segundo a professora, o encaminhamento para um psicólogo só deve acontecer quando os profissionais percebem que essa mulher está tendo uma dificuldade muito grande de enfrentar a doença. “Nesses casos, nós psicólogos vamos conhecer a história de vida dessa mulher, observar o seu processo de construção psíquica, aspectos positivos e negativos que possam ser mudados, histórias próximas de superação e trabalhar com a rede de convívio”, explica.
As mulheres que enfrentam o câncer podem contar com o atendimento em Psicologia Clínica e Psicologia Hospitalar no Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) e com os projetos desenvolvidos pela Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC).