O período de chuvas prolongado favorece o surgimento de uma praga que já é velha conhecida dos moradores de Florianópolis: o caramujo africano gigante. O Centro de Controle de Zoonoses da Capital vem recebendo reclamações de moradores e orienta sobre as formas de extinguir os moluscos terrestres.
Embora não seja venenoso, o molusco é hospedeiro intermediário de duas espécies de parasitas que podem causar infecções abdominal ou meningoencefálica. Por isso, o cuidado no manejo e eliminação dos caramujos deve ser redobrado. Em caso de contato com os caramujos africanos, basta lavar bem a área com água e sabão.
Orientações
Os melhores horários para a coleta dos moluscos são pela manhã ou no fim da tarde. Deve-se fazer o manejo com as mãos protegidas por luvas ou sacos plásticos. Antes de jogar os caramujos no lixo comum, é preciso matá-los e desinfetá-los. Para isso, deve-se diluir uma colher de sopa de água sanitária em um balde com um litro de água.
Os caramujos devem ser colocados em um saco plástico com furos e fechado na extremidade com um nó e imersos no balde por 24 horas. Após isso, escorrer a água na rede de esgoto sanitário e jogar os caramujos no lixo em outra sacola fechada.
Para queimar e macerar as conchas, deve-se colocá-las em um recipiente de metal ou de barro e atear fogo, com cuidado, para evitar acidentes. Após isso, quebrar as conchas e enterrá-las no solo para que não virem criadouro de mosquitos transmissores de outras doenças, como dengue, zika e chikungunya.
O sal não deve ser usado na eliminação dos caramujos africanos, pois não é capaz de matar seus ovos e causa salinização do solo, prejudicando plantas e gramados. Produtos químicos também não devem ser utilizados porque podem causar intoxicação humana ou de outros animais.
Caso haja dúvidas, o Centro de Controle de Zoonoses pode ser contatado pelo telefone 3338-9004.
Carla Argolo
Assessora de comunicação
Secretaria Municipal de Saúde
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