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Vigilância Epidemiológica intensifica ações contra a sífilis

Em alusão ao mês de combate à sífilis, a Vigilância Epidemiológica de Nova Trento realiza uma campanha de mobilização contra a doença. A iniciativa leva em consideração o crescimento de 58,4% nos casos adquiridos em Santa Catarina. A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pela bactéria treponema pallidum. A doença pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).

De acordo com a Enfermeira Vanderlita Trainotti, responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica, o objetivo da ação é atuar na prevenção da doença, evitar complicações e erradicar a cadeia de transmissão. “Entre as principais ações disponibilizadas pelo município estão a oferta de testes rápidos e venoso para o diagnóstico, tratamento dos casos positivos, distribuição de preservativos e materiais informativos sobre o assunto”, informa a enfermeira.

A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita. A campanha é incentivada pela Gerência Estadual de DST/AIDS/HIV, tendo em vista o registro de 15.797 casos de sífilis adquirida entre o período de 2010 a 2015 em todo o Estado. 

– Sinais e sintomas

Sífilis primária

Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio.

Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. 

Sífilis secundária

Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea.

Manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés.

Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.

 

Sífilis latente – fase assintomática

Não aparecem sinais ou sintomas.

É dividida em sífilis latente recente (menos de um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção).

A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. 

Sífilis terciária

Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.

Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DDAHV/SVS/MS), como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica dessa IST.

Quando o TR for utilizado como triagem, nos casos positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico. Em caso de gestante, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste. 

Tratamento

O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, mas recomenda-se procurar um profissional de saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado, dependendo de cada estágio. 

Sífilis congênita

É uma doença transmitida de mãe para criança durante a gestação. São complicações dessa forma da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo, tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão vertical. 

Tratamento

Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. No caso das gestantes, é importante que o tratamento seja feito com a penicilina benzatina, pois este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical. A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante.

Cuidados com a criança

Se a criança nascer com sífilis congênita, ela deve ficar internada para tratamento por 10 dias, necessitando realizar uma série de exames antes de receber alta.

Marcia Peixe

Assessoria de Imprensa

Prefeitura Municipal de Nova Trento

  • Com informações do Ministério da Saúde