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SMS reforça atenção após caso autóctone de dengue

Longe do risco de epidemia, porém, Capital concentra esforços agora na luta contra a gripe 

A chegada do fim de março, período considerado mais crítico para a transmissão da dengue, anuncia que Florianópolis está vencendo a batalha contra a doença. Apesar de todas as previsões de que a Capital não se livraria de ter uma epidemia neste ano, apenas um caso autóctone (com transmissão local) de dengue acaba de ser confirmado pela Secretaria de Saúde. A preocupação maior, agora, é com a gripe A (H1N1), que vem registrando casos no Estado e em outras capitais. Florianópolis já registrou 3 casos em 2016, todos com boa evolução. 

Para evitar que haja um surto em Florianópolis, a Prefeitura enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo a antecipação da campanha de vacinação contra a gripe. “Sabemos que este será um inverno rigoroso e queremos garantir que ficaremos livres também desta epidemia”, afirma o secretário Daniel Moutinho Junior. 

Dengue 

O paciente que teve a confirmação de dengue com transmissão autóctone mora em Ponta das Canas, mas provavelmente foi infectado em Jurerê. O bairro tem dois focos de Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. 

O desafio para as próximas semanas é, apesar da chegada do outono, manter o apoio da população na limpeza dos possíveis criadouros do vetor. “Já esperávamos que neste ano teríamos casos locais de transmissão da doença. Todo o nosso trabalho, desde o ano passado, tem como foco evitar a proliferação do mosquito e, assim, minimizar o risco de iniciar uma epidemia”, diz Moutinho Junior. 

A epidemia de dengue avança rapidamente em todo o Estado neste ano. De acordo com o boletim mais recente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, de 1º de janeiro a 19 de março, foram confirmados 2.204 casos da doença. Desses, 1.998 tiveram transmissão dentro de Santa Catarina – 1.561 contraídos em Pinhalzinho. (confira tabela anexa). 

Em Florianópolis, todas as medidas de bloqueio de transmissão estão sendo tomadas pelas equipes do Programa de Combate ao Aedes aegypti, incluindo varredura das áreas onde os pacientes com dengue transitam, em busca de focos do mosquito, e pulverização de inseticida, conhecida como fumacê, nos bairros onde há maior infestação e casos confirmados. 

Não confunda os sintomas

Uma especial preocupação, neste momento de transição entre o verão e os meses mais frios, é a possível confusão entre sintomas de gripe (cujos casos já estão aparecendo) e de dengue (cujos casos ainda podem surgir, já que o pico pode chegar até abril e se estender ainda por alguns meses). Ambas as doenças são virais e causam febre, mal-estar, cefaleia e dores no corpo no início do quadro. 

A principal diferença é o aparecimento de sintomas respiratórios, como dor de garganta, tosse e dificuldade para respirar, que são característicos da gripe. Assim, é importante que as pessoas procurem atendimento médico ao aparecimento de febre, e que os profissionais de saúde estejam atentos aos sintomas e fatores de risco, para que os casos possam ser diferenciados (clínica ou laboratorialmente) e recebam tratamento adequado.  

Histórico 

Desde o verão passado, quando Itajaí registrou os primeiros casos autóctones da doença, Florianópolis reforçou o Programa de Combate à Dengue. A Sala de Situação Municipal, por exemplo, envolvendo as principais Secretarias da Prefeitura de Florianópolis, a Comcap e outras entidades parceiras, foi instalada em outubro de 2015, três meses antes da determinação do Ministério da Saúde. 

O trabalho da Prefeitura de Florianópolis envolve tratamento em áreas de foco, atendimento a denúncias encaminhadas à Ouvidoria, visitas aos chamados pontos estratégicos (floriculturas, cemitérios, borracharias e ferros-velhos, entre outros) e aos pontos onde há armadilhas para o vetor e vistorias em locais onde são detectados casos suspeitos da doença. 

Já a varredura proposta pelo Ministério da Saúde, mobilizando agentes de saúde em visitas de porta em porta para identificação e limpeza de criadouros do mosquito, chegou a mais de 50 mil locais nas áreas com mais risco de infestação na Capital. A segunda etapa deste trabalho começou na primeira semana de março e já mostra resultados na diminuição do aparecimento de novos focos. 

Números 

Embora apenas agora tenha registrado seu primeiro caso autóctone, Florianópolis ainda encontra-se vulnerável a uma epidemia, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo aumento de pessoas infectadas nos primeiros meses do ano (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão). 

Na Capital, foram registrados 254 focos em 2015, sendo 83% na Região Continental. Em 2016 já foram identificados 161 focos, dos quais 153 estão no Continente. Foram notificados 531 casos suspeitos de dengue em 2016, dos quais 47 foram confirmados, sendo um autóctone, e 102 estão em investigação. Também foram identificados este ano cinco casos confirmados de zika e seis confirmados de chikungunya, todos contraídos fora do município.

 

Mais informações, Carla Argolo (SMS): 3239-1535 e 9191-4222 

Secretaria Municipal de Comunicação

(48) 3251-6085