Coordenadores e representantes da Defesa Civil dos 22 municípios da Grande Florianópolis participaram nesta quarta-feira (15), da primeira reunião para formação do Colegiado de Coordenadores Municipais de Defesa Civil da Região. A reunião foi conduzida pelo coordenador regional da Defesa Civil, Ricardo Angelo Volpato, e contou com a presença do deputado estadual Milton Hobus, ex-secretário de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, do presidente da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis, Evandro João dos Santos, prefeito de Paulo Lopes, do prefeito em exercício de Rancho Queimado, Isaac Diniz, e do diretor Executivo da GRANFPOLIS, Miguel Augusto Faraco.
Milton Hobus elogiou a iniciativa de criação do Colegiado porque, segundo ele, quando se trabalha de forma integrada todos ganham. “Incentivamos a formação de colegiados regionais de Defesa Civil e sugerimos aos coordenadores regionais que em todas as regiões possamos ter o trabalho integrado. O sistema de ajuda mútua é importante para que tenhamos resposta com menos custo, mais efetividade e rapidez para restabelecer a normalidade de vida dos cidadãos em caso de desastres”, disse.
Quanto à necessidade de integrar ações e a estrutura que o Estado dispõe para a área de Defesa Civil, Hobus defende que é preciso pensar o Estado como um todo. Segundo ele, muitas vezes os órgãos de governo não se conversam e este é o grande problema. Cada um trabalha com um foco e numa direção, afirmou.
Atualmente a Defesa Civil está atuando dentro do Centro Integrado de Gerenciamento de Desastres com este direcionamento. “Não é só quando da incidência de um fenômeno climático adverso, mas pode ser quando de uma epidemia, ocorrência no mar, entre outras, quando necessitamos atuar de forma integrada”, defendeu.
De acordo com o ex-secretário, o Estado está preparando suas estruturas municipais nesta filosofia e, também, agrupando todos os recursos técnicos e humanos que dispõem. Segundo o deputado Milton Hobus, o Estado avançou bastante, tanto na área tecnológica com a aquisição de dois radares e em vias de comprar o terceiro, com o trabalho de conscientização e estruturação mínima das defesas civis municipais para que possam fazer a ação preventiva, o que já está acontecendo e, montamos minimamente um sistema de alerta preventivo que, com certeza, já protegeu o cidadão e evitou perdas patrimoniais nas últimas inundações que tivemos em várias regiões. “Este trabalho está sendo aprimorado e, para tanto, estão assegurados investimentos de mais de R$ 35 milhões para a estruturação da rede de captação terrestre de informação, na integração dos satélites, dos radares, do sistema de emissão de alertas preventivos, que vai tornar Santa Catarina um dos melhores locais da América Latina em termos de orientação preventiva e de proteção do cidadão”, afirmou.
Além da exposição sobre a situação da defesa Civil catarinense, já foi apresentado para análise do grupo o regimento interno e a estrutura do Colegiado. Na próxima a reunião deverão ser eleitos os coordenadores do Colegiado.
Ricardo Angelo Volpato, coordenador regional da Defesa Civil da Grande Florianópolis, disse que, agora, com a formação do Colegiado de Coordenadores Municipais de Defesa Civil da Grande Florianópolis, “teremos a união necessária dos municípios. A maioria não se conhecia e se um município precisasse de ajuda o vizinho sequer tinha o contato para auxiliar”, registrou.
O Colegiado tem o objetivo de integrar a região e promover discussões sobre os problemas e ações comuns, bem como constituir-se em um fórum permanente de debate e capacitação.
No encerramento da reunião, Carlos Alberto Rocha, do Centro de Monitoramento e Alerta da Secretaria de Estado da Defesa Civil, falou aos presentes sobre como é feita a interpretação de imagens geradas por radar e satélites.