Cesar Junior esteve nesta terça-feira em Brasília e constatou a paralisação da administração federal por causa da crise política
O prefeito Cesar Souza Junior, que esteve nesta terça-feira (15) em Brasília, disse não acreditar que, com a atual administração, os mais de R$ 600 milhões que Florianópolis tem aprovados no governo federal sejam liberados. “Não vislumbro hipótese de que aquilo que a gente conseguiu a duras penas aprovar, ajustar tecnicamente, essas coisas, venha a acontecer”.
E, em entrevista coletiva à imprensa, posicionou-se: “Estou absolutamente convencido de que o Brasil precisa de uma mudança. Nada vai acontecer no país enquanto não houver mudança. Se não houver mudança rápida, o Brasil vai sangrar, e os municípios vão sangrar ainda mais”, insistiu.
Cesar Junior disse ter retornado de Brasília “absolutamente estupefacto” com o que viu na capital federal, em termos de descumprimento e de falta do mínimo de alinhamento administrativo. “Não há processo decisório estruturado em Brasília. Os técnicos não sabem se o Ministério vai estar de pé em 30, 40, 60 dias. O governo federal está em colapso. Nunca vi coisa igual”, relatou. E concluiu: “Não há mais governo. Não existe mais estrutura administrativa. Só se fala de política e de autossobrevivência”.
CPMF
Nesta quinta-feira (17), o prefeito também se posicionou contrário à recriação da CPMF junto à Federação Catarinense de Municípios (Fecam). “Sou absolutamente contra. Primeiro, porque é um engodo. Estão querendo usar os prefeitos como bucha de canhão para aprovar esse negócio. E depois, esse dinheiro não vai chegar à saúde, não vai chegar para os municípios, vai se perder pelos corredores de Brasília”, disse.
Da entrevista coletiva à imprensa, também participaram colaboradores de governo, entre eles, os novos secretários da Fazenda, André Luiz Bazzo; da Casa Civil, Paulo Ávila da Silva, e da Administração, Ivan Grave.
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