A escola em Santa Catarina deve ser o lugar privilegiado de formação da consciência ambiental para que os estudantes se constituam como cidadãos em defesa da vida e da ética nas relações com a natureza. Com esse objetivo, a Secretaria de Desenvolvimento Regional e a Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia promovem, nesta sexta-feira (1° de setembro), no Plenário da Assembléia Legislativa, o lançamento da Lei da Política Estadual de Educação Ambiental para a Grande Florianópolis. Um grande evento reunindo escolas públicas municipais, estaduais e particulares, estudantes, professores, órgãos públicos e entidades não governamentais inicia às 14 horas para difundir e fazer cumprir a política em todas as escolas de Santa Catarina.
Sancionada pelo governador em 17 de novembro de 2005, a lei 13.558 determina, no artigo primeiro, que a educação ambiental faça parte do ensino de todas as redes, “devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades, em caráter formal e não-formal”. Por meio da educação ambiental o indivíduo e a sociedade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, define a lei. Na rede pública estadual, o maior braço dessa política é o Projeto de Educação Ambiental e Alimentar (Ambial), desenvolvido em 95 escolas do Estado, nove delas na Grande Florianópolis, onde se pratica e se estuda a sustentabilidade, explica a organizadora do evento, Argiró Colombi, articuladora de Educação Ambiental da Gerência Regional de Educação.
O evento inicia com a apresentação do coral Ítalo-brasileiro e do grupo de dança Mitos, do Morro do Mocotó, na Capital. A gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Karla Scur, apresenta a política estadual de educação ambiental. Representando a secretária da Educação Elisabete Anderle, o diretor de Educação Básica e Profissional, Juares Thiesen, aborda como o tema deve atravessar todas as disciplinas na Proposta Curricular de Santa Catarina e enfoca os resultados alcançados pelo Ambial na mudança de comportamento dos estudantes e das comunidades envolvidas.
Jovens dão depoimento sobre sua participação no projeto, que educa para o aproveitamento integral dos alimentos, combate o desperdício dos recursos naturais e incentiva a produção agroecológica como formas de reverter a fome e a desnutrição e conquistar a soberania alimentar, como explica Thiesen. “Leva o estudante e sua família a compreender a relação entre a exploração predatória do meio ambiente e a pobreza”.
Durante a programação, que se estende até as 18 horas, o Núcleo Regional de Educação Ambiental da Grande Florianópolis discutirá as ações prioritárias para o cumprimento da política. No hall da Assembléia, as escolas expõem painéis, pesquisas e fotos relacionadas às propostas pedagógicas de educação ambiental que desenvolvem. São exemplos disso as hortas e cozinhas comunitárias para produção de receitas nutritivas e farinha multimistura a partir das partes desperdiçadas dos alimentos, reciclagem do lixo, brinquedos feitos de material de sucata e artesanato de produtos naturais típicos das regiões que geram renda e valorizam a cultura local.
Fonte: Secretaria de Estado da Educação